Meliaceae

Trichilia emarginata (Turcz.) C.DC.

LC

EOO:

1.450.794,484 Km2

AOO:

344,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flores, 2020), com distribuição: no estado da Bahia — nos municípios Abaíra, Barra do Choça, Brejolândia, Buritirama, Ipupiara, Itambé, Jequié, Lajedinho, Lençóis, Licínio de Almeida, Mansidão, Morro do Chapéu, Paramirim, Pilão Arcado, Rio de Contas, Ruy Barbosa, Santa Rita de Cássia, Sento Sé e Wanderley —, no estado do Ceará — nos municípios Crateús e Mulungu —, no estado do Espírito Santo — nos municípios Barra de São Francisco, Guaçuí, Ibitirama, Itarana, Linhares, Santa Teresa e Venda Nova do Imigrante —, no estado do Maranhão — no município Tuntum —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Barroso, Bom Sucesso, Carrancas, Coqueiral, Descoberto, Ingaí, Itambé do Mato Dentro, Lagoa Santa, Lavras, Lima Duarte, Luminárias, Monte Belo, Piedade do Rio Grande, Santo Antônio do Amparo, São João del Rei e Viçosa —, no estado de Pernambuco — nos municípios Arcoverde, Buíque, Exu, Floresta, Inajá, Ipubi e Triunfo —, no estado do Piauí — nos municípios Caracol e Guaribas —, no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Guapimirim, Itatiaia, Nova Friburgo, São José do Vale do Rio Preto, Silva Jardim e Teresópolis —, e no estado de São Paulo — nos municípios São José do Barreiro, São José dos Campos e São Paulo.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2021
Avaliador: Eduardo Amorim
Revisor: Lucas Jordão
Categoria: LC
Justificativa:

Trichilia emarginata é uma árvore de grande porte, que ocorre na Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado, em diferentes fitofisionomias. Com um extenso EOO= 1053259km², mais de 10 situações de ameaças e registros em Unidades de Conservação, a espécie foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento. O valor de EOO e o número de situações de ameaças, extrapolam os limiares para incluir a espécie em uma categoria de ameaça. Somado a isto, não existem dados de declínios populacionais para aplicação de outros critérios. Demandando assim, ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Possivelmente extinta? Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 LC

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Fl. Bras. 11(1): 212, 1879. É reconhecida pelas folhas pinadas, a maioria com pelo menos 5 folíolos, raramente com alguns 3-4-foliolados, nunca digitadas, raque foliar estreitamente alada, parte superior do folíolo gradualmente afinando culminando em um ápice emarginado (Pennington, 2016).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Em um trecho de 1,16 ha em Floresta Estacional Semidecidual em Lavras (MG), foram registrados 2 indivíduos da espécie (Machado et al., 2004). Em um trecho de 0,84 ha em floresta na Reserva Biológica Municipal Santa Cândida em Juiz de Fora (MG), foram registrados 25 indivíduos da espécie (Garcia, 2007). Em um trecho de 23,8 ha em campo cerrado no estado de Minas Gerais, foram registrados 2 indivíduos da espécie. (Scolforo, 2008); nesse mesmo estudo, em um trecho de 136,785 ha em cerrado sensu stricto, foram encontrados 4 indivíduos da espécie. Em um trecho de 0,2 ha em florestas aluviais em Tremembé (SP), foram registrados 9 indivíduos da espécie (D’Orazio e Catharino, 2013). Em um trecho de 0,3 ha em Floresta Estacional Semidecidual em Volta Redonda (RJ), foram registrados 6 indivíduos da espécie (Faria, 2017).
Referências:
  1. D’Orazio, F.A.E., Catharino, E.L., 2013. Estrutura e florística de dois fragmentos de florestas aluviais no vale do rio Paraíba do Sul, SP, Brasil. Hoehnea 40, 567–582.
  2. Scolforo, J.R.S., 2008. Características e produção das fisionomias do Cerrado em Minas Gerais, in: Faleiro, F.G., Farias Neto, A.L. (eds.) Savanas: Desafios e estratégias para o equilíbrio entre sociedade, agronegócio e recursos naturais. Embrapa Cerrados, Planaltina.
  3. Mendonça, E.L.M., Oliveira-Filho, A.T., Carvalho, W.A.C., Santos, J.S., Borém, , R.A.T., Botezelli, L., 2004. Análise comparativa da estrutura e flora do compartimento arbóreo-arbustivo de um remanescente florestal na Fazenda Beira Lago, Lavras, MG. Revista Árvore 28, 499–516.
  4. Faria, M.J.B., 2017. Florística e estrutura de fragmentos florestais nativos da mata atlântica nos municípios de Volta Redonda e Barra Mansa, estado do Rio de Janeiro. (Tese de doutorado). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica.
  5. Garcia, P.O., 2007. Estrutura e composição do estrato arbóreo em diferentes trechos da Reserva Biológica Municipal Santa Cândida, Juiz de Fora-MG. (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree, bush
Biomas: Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado
Vegetação: Área antrópica, Floresta Ciliar e/ou de Galeria, Floresta Estacional Perenifólia, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest, 14.6 Subtropical/Tropical Heavily Degraded Former Forest
Detalhes: Árvore com até 18 m de altura (Pennington, 2016). Ocorre na Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado, em Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Perenifólia, Floresta Estacional Semidecidual e Área Antrópica (Flores, 2020).
Referências:
  1. Flores, T.B., 2020. Meliaceae. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10004 (acesso em 25 de setembro de 2021)
  2. Pennington, T.D., 2016. Systematic treatment of American Trichilia (Meliaceae). Phytotaxa 259, 18–162.

Reprodução:

Detalhes: A espécie é zoocórica (D’Orazio e Catharino, 2013). Floresce de junho a dezembro; e frutifica em junho, julho, outubro e janeiro (Pastore, 2003, Pennington, 2016, Flores et al., 2017).
Dispersor: A espécie é zoocórica (D’Orazio e Catharino, 2013).
Referências:
  1. Pennington, T.D., 2016. Systematic treatment of American Trichilia (Meliaceae). Phytotaxa 259, 18–162.
  2. Flores, T.B., Souza, V.C., Coelho, R.L.G., 2017. Flora do Espírito Santo: Meliaceae. Rodriguésia 68, 1693–1723.
  3. Pastore, J.A. 2003. Meliaceae, in: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M., Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Vol. 3. Instituto de Botânica, São Paulo.
  4. D’Orazio, F.A.E., Catharino, E.L., 2013. Estrutura e florística de dois fragmentos de florestas aluviais no vale do rio Paraíba do Sul, SP, Brasil. Hoehnea 40, 567–582.

Ações de conservação (3):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT São Paulo - 20 (SP), Território São João del Rei - 29 (MG), Território PAT Capixaba-Gerais - 33 (ES), Território Itororó - 35 (BA), Território PAT Chapada Diamantina-Serra da Jiboia - 39/40 (BA), Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Bacia do Paraíba do Sul, Área de Proteção Ambiental Chapada do Araripe, Área de Proteção Ambiental de Macaé de Cima, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Área de Proteção Ambiental Marimbus/Iraquara, Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira, Área de Relevante Interesse Ecológico Serra do Orobó, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Parque Nacional do Catimbau, Parque Nacional do Itatiaia, Parque Nacional Serra das Confusões, Parque Natural Municipal Augusto Ruschi, Reserva Biológica Augusto Ruschi, Reserva Biológica de Poço das Antas e Reserva Biológica de Serra Negra.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.